quinta-feira, 18 de setembro de 2014

TEORIA DO FOGO


TEORIA DO FOGO.

“São necessários três elementos para que aconteça fogo.”

OS ELEMENTOS ESSENCIAIS DO FOGO SÃO:


Combustível – tudo que propaga o fogo. Ex: madeira, papel, óleo, gases etc.
Comburente -  o elemento que intensifica o fogo. Ex. oxigênio.
Calor - elemento que serve para dar início ao fogo, que mantém e incentiva a propagação.





 


 


 
 
 
 
 
 
 
 
 
Essa era forma antiga de falar sobre a teoria do fogo, o triangulo do fogo, hoje se fala do tetraedro do fogo, que são os três elementos acima e mais a reação em cadeia.
 


Reação em Cadeia - Continuidade do processo de combustão.



                              MEIOS DE PROPAGAÇÃO DO FOGO  


 
CONFINAMENTO.

O confinamento abrange aquelas operações que são necessárias para prevenir a propagação do incêndio às partes ainda não afetadas de uma edificação. Um incêndio que teve início num porão ou em andares inferiores é mais difícil de confinar que os que têm início nos andares superiores ou coberturas. A progressão do incêndio de cima para baixo é mais vagarosa do que a sua progressão de cômodo para cômodo no mesmo andar, e a de baixo para cima é normalmente rápida se não for retardada por um sistema de “sprinklers” ou da compartimentação.

 Propagação horizontal do incêndio

O incêndio pode propagar-se horizontalmente, de cômodo para cômodo, dos seguintes modos:

- Através de quaisquer aberturas não protegidas por contato direto das chamas ou por circulação da fumaça ou ar.

- Explosão, fumaça quente, gases inflamáveis, vapores, pó ou outros materiais.

- Condução do excesso de calor através de meios como canos, dutos de ar, guarnições de metal não protegidas, etc., que se estendem da área envolvida a outros cômodos.

- Ignição de combustíveis junto das paredes ou de aberturas protegidas. 

- Queima de paredes e portas internas.

Propagação do incêndio de baixo para cima. 

O incêndio pode propagar de piso para piso do seguinte modo (de baixo para cima):

- Através de quaisquer aberturas não protegidas nos pisos, seja por contato direto das chamas, seja por circulação de fumaça ou ar quente.

- Explosão, fumaça quente, gases inflamáveis, vapores, pós ou outras substâncias.

- O fogo penetrando em repartições ou outros espaços fechados e se propagando aos andares superiores ou cobertura.

- Chamas através de janelas ou outras aberturas exteriores e entrando para o andar superior através de aberturas desprotegidas.

- Condução de calor excessivo através de suportes metálicos não- protegidos, encanamentos ou condutores de ar que se estendam de piso para piso.

- Ignição de combustíveis que estão muito perto de aberturas protegidas.

- Queima em teto de material combustível que se propaga para piso superior, também de material combustível.

    Propagação do incêndio de cima para baixo. 

- Explosão, fumaça quente, gases inflamáveis, vapores, pós ou outros materiais.

- Chamas, faíscas e fagulhas de materiais caindo por aberturas verticais ou outras aberturas do teto.

- Condução de calor excessivo através de suportes metálicos não protegidos, encanamentos ou condutor de ar estendendo-se de piso para piso.

- Queda de telhados e pisos.

- Queima de pisos.

Ø Condução;  transmissão de calor através de corpos sólidos, e ocorre quando dois corpos com temperaturas diferentes são colocados em contato direto. Desta forma o calor se transmite de molécula para molécula.
 



Ø Convecção;  transmissão de calor através de massas de gases aquecidos, que se deslocam levando para outros locais, quantidades de calor suficiente para iniciar novos focos de incêndio. 
 




Ø  Irradiação; forma de transmissão de calor por meio de ondas de energia calorífica que se desloca através do local. A energia é transmitida via velocidade da luz e, ao encontrar um corpo, as ondas são absorvidas, refletidas ou transmitidas.



 


                                                             Pontos de Temperatura

 

Ø PONTO DE FULGOR: são temperatura em que o material por uma fonte externa começa a desprender gases combustíveis que se incendeiam, mas, quando está fonte externa é retirado o fogo não consegue se mantiver. 150°

 

Ø PONTO DE COMBUSTÃO: são temperatura em que o material aquecido por uma fonte externa  começa a desprender gases combustíveis que se incendeiam, mas quando esta fonte consegue se mantiver, iniciando assim a reação em cadeia. 200°

 

Ø PONTO DE IGNIÇÃO: são temperatura nas quais os combustíveis estão muitos aquecidos que simples contato com o oxigênio é capaz de incendiar o combustível. 250°

 

 

                                Nesta imagem mostra o principio do fogo!




                   Métodos de Extinção do Fogo


Existem três formas de extinção do fogo são eles, retirada dos materiais, abafamento e resfriamento. São métodos usados pra quebrar a reação em cadeia eliminando uns dos elementos do triangulo do fogo, calor, oxigênio e combustível.



Ø Retirada do Material:

Retirar o material combustível que ainda não queimou, exemplos madeira papel e outros materiais daqueles que estão queimando.



 

Ø Resfriamento:

Método mais utilizado, consiste em diminuir a temperatura do material combustível que está queimando, diminuindo a liberação de gases e vapores inflamáveis.

 



Ø Abafamento:

Métodos em diminuir ou impedir o contato do oxigênio com o material combustível, pois não havendo comburente (Oxigênio ), para reagir com o combustível não haverá fogo.

 



 





Sistemas de Proteção Contra Incêndio

»Os sistemas de proteção contra incêndio são equipamentos utilizados no combate ao fogo, na sinalização e no alerta aos usuários.

Os incêndios são classificados em três classes: “A”, “B” , “C”, “D”,”E” e “K”.   Aparas de Papel e Madeira, Líquidos Inflamáveis e Equipamentos elétricos, materiais piroforicos, radioativo e alimentícios.

Classe A: Incêndios em sólidos que queimam em profundidade e deixam resíduo, tais como madeira, papel, tecidos, borracha etc.

Classe B: Incêndios em líquidos e gases que queimam na superfície e não deixam resíduos, tais como GLP (gás de cozinha), gasolina, álcool, querosene etc.

Classe C: Incêndios em que esteja presente a energia elétrica, normalmente em aparelhos elétricos “energizados”.

Obs. Televisores de tubo mesmo desligados possuem energia, nunca jogar água.

Esse tipo de incêndio exige que o agente extintor não conduza a corrente eletricidade.

Classe D: São materiais pirofóricos. O melhor método é pó químico seco especial. Ex: alumínio, zinco e sódio.

Classe E: São  os materiais explosivos e radioativos nucleares. O melhor método é ISOLAMENTO DA ÁREA E CHAMAR O DEPARTAMENTO ESPECIFÍCO.

Obs: Fogo altamente perigo por não haver chamas no local...

Classe K: Óleo, Gordura e Alimentícios.

Obs:  Silos, grande depósito, em forma de cilindro, feito de metal ou de cimento e destinado a armazenar cereais, forragem etc., que se carrega por cima e se descarrega por baixo. Locais onde pode ocorrer incêndio de classe K.

 
 
 

domingo, 14 de setembro de 2014

PRIMEIRO SOCORROS


INTRODUÇÃO:

UM POUCO DA HISTÓRIA DO SERVIÇO DE RESGATE

Nos anos 70, o mundo ingressou numa nova era de atendimento emergencial, quando se concluiu que devíamos levar ao local do acidente todos os recursos necessários ao atendimento de uma vítima, para, somente após estabilizá-la, realizar sua remoção ao hospital. Também se entendeu que esta remoção não mais estaria relacionada ao transporte em hospital mais próximo, mas sim, aquele que propiciasse o socorro mais adequado, em especialidades e exames complementares que o caso requeresse, evitando-se com isso a perda de tempo com posteriores remoções.

Essa teoria foi mais tarde confirmada por Trunkey (Médico Pesquisador Americano), que demonstrou a diminuição da mortalidade com um atendimento rápido e adequado, no local do fato, por equipes treinadas e pelo tratamento definitivo em hospitais apropriados dentro da primeira hora após o acidente, surgindo então o conceito da “hora de ouro” (golden hour).

No Brasil, o Tenente Lemes foi um dos primeiros a transformar esta preocupação em ação e, impulsionado por oficiais empreendedores como o Capitão Caldas, decidiu com outros jovens oficias, criar um veículo tipo “ambulância” que acompanhasse a viatura do comando de área, entretanto, sem recursos necessários ao atendimento e por se tratar de veículo único, já deteriorado pelo uso acabou por não resistir por muito tempo. A evolução deste transporte deu origem as UTE (Unidade de Transporte Emergencial), certamente o carro que deu origem ao Serviço de Resgate. Paralelamente, a necessidade também era sentida pelos profissionais da área da saúde e no início dos anos 80 surgiu o CRAPS ( Coordenação de Recurso e Assistências aos Pronto Socorros) com a participação de importantes nomes da área médica que, através observação da experiência de outros países, via com bons olhos a parceria com o Corpo de Bombeiros na área do atendimento pré hospitalar.

Com a importância deste atendimentos rápido da primeira hora no local do acidente, foi adotados de primeiros socorros para civis visando a diminuição de traumas mais graves ou ate mesmo o óbito.

 PRIMEIROS SOCORROS

Omissão de socorro!



No código penal Brasileiro, artigo 135, o crime por omissão de socorro prevê que o individuo que não socorrer e não pedir ajuda, poderá ser condenado à pena de um a seis meses de detenção ou ate um ano e meio se resultar na morte do individuo. Antes que aplique qualquer atendimento

Decreto Lei nº 2.848 de 07 de Dezembro de 1940 do código penal.


Art. 135 - Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública:

Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.

Parágrafo único - A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão corporal de natureza grave, e triplicada, se resulta a morte.

Condicionamento de atendimento médico-hospitalar emergencial (Incluído pela Lei nº 12.653, de 2012).

Art. 135-A. Exigir cheque-caução, nota promissória ou qualquer garantia, bem como o preenchimento prévio de formulários administrativos, como condição para o atendimento médico-hospitalar emergencial: (Incluído pela Lei nº 12.653, de 2012).

Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa. (Incluído pela Lei nº 12.653, de 2012).

Parágrafo único. A pena é aumentada até o dobro se da negativa de atendimento resulta lesão corporal de natureza grave, e até o triplo se resulta a morte. (Incluído pela Lei nº 12.653, de 2012).


As técnicas deste manual seguindo com calma poderão salvar vidas, basta o socorrista seguir todos os procedimentos dentro dos limites dos conceitos de primeiros socorros.

 

O que fazer em uma situação de emergência em primeiros socorros, você já se imaginou em uma situação dessas... Pense nisso!

Hoje vivemos com um índice enorme em infarto, parada cardíaca entre outras situações do dia á dia, e dentro dessas vitimas pessoas jovem, ou seja, não tem como saber com qual pessoa vai acontecer um mal súbito e por esse motivo devemos estar preparados para todos os tipos de emergência em primeiros socorros.  

Estarei passando informações conforme o( AHA) American Heart Association e o Manual do Corpo dos Bombeiros de São Paulo...




 
Ataque Cardíaco.

Alguns ataques cardíacos são súbita e intensa, onde ninguém adivinha o que está acontecendo. But most heart attacks start slowly, with mild pain or discomfort. Mas a maioria dos ataques cardíacos começa devagar, com dor leve ou desconforto. Often people affected aren't sure what's wrong and wait too long before getting help. Muitas vezes as pessoas afetadas não tem certeza o que está de errado e esperar muito tempo antes de obter ajuda, pode te prejudicar ainda mais. Here are signs that can mean a heart attack is happening: Aqui estão alguns dos sinais que podem significar um ataque cardíaco,no exato momento que acontece:

·     Chest discomfort. Most heart attacks involve discomfort in the center of the chest that lasts more than a few minutes, or that goes away and comes back. Peito desconforto. Maiorias dos ataques cardíacos envolvem desconforto no centro do peito que duram mais do que alguns minutos ou que vai e volta. It can feel like uncomfortable pressure, squeezing, fullness or pain. Ele pode se sentir como uma pressão desconfortável, apertando, plenitude ou dor.

·     Discomfort in other areas of the upper body. Symptoms can include pain or discomfort in one or both arms, the back, neck, jaw or stomach. Desconforto em outras áreas do corpo superior. Sintomas podem incluir dor ou desconforto em um ou ambos os braços, as costas, pescoço, estômago ou da mandíbula.

·     Shortness of breath with or without chest discomfort. Falta de ar, com ou sem desconforto no peito.

·     Other signs may include breaking out in a cold sweat, nausea or lightheadedness. Outros sinais podem incluir sair em um suor frio, náuseas ou vertigens.

As with men, women's most common heart attack symptom is chest pain or discomfort . Maiorias dos sinais acontece com os homens, o mais comum sintoma de ataque de coração nas mulheres são as dores no peito ou desconforto. But women are somewhat more likely than men to experience some of the other common symptoms, particularly shortness of breath, nausea/vomiting, and back or jaw pain . Mas as mulheres são um pouco mais propensas que os homens a experimentar alguns dos outros sintomas comuns, especialmente falta de ar, náuseas / vômitos e dores nas costas ou mandíbula. Learn about the warning signs of heart attack in women .

Learn the signs, but remember this: Even if you're not sure it's a heart attack, have it checked out (tell a doctor about your symptoms). Saiba os sinais, mas lembre-se: Mesmo se você não tem certeza que é um ataque cardíaco. Os primeiros tes matter! minutos são importantes! Fast action can save lives — maybe your own. Ação rápida pode salvar vidas - talvez a sua própria vida. Don't wait more than five minutes to call 9-1-1 or your emergency response number. Não espere mais de cinco minutos para ligar para o 193 do Corpo de Bombeiros.

Calling 9-1-1 is almost always the fastest way to get lifesaving treatment.

 


Bibliografia.

 

Retirado do Livro: Manual de Fundamentos de Bombeiros – Bombeiros – SP

Retirado do AHA: American Heart Association

 

Elaborado por: Márcio Alessandro Guimarães – Téc. de Segurança do Trabalho e Bombeiro  Civil.

 

sábado, 6 de setembro de 2014

LEI Nº 11.901, DE 12 DE JANEIRO DE 2009

Presidência da República
Casa CivilSubchefia para Assuntos Jurídicos
Mensagem de veto
Dispõe sobre a profissão de Bombeiro Civil e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: 
Art. 1o  O exercício da profissão de Bombeiro Civil reger-se-á pelo disposto nesta Lei. 
Art. 2o  Considera-se Bombeiro Civil aquele que, habilitado nos termos desta Lei, exerça, em caráter habitual, função remunerada e exclusiva de prevenção e combate a incêndio, como empregado contratado diretamente por empresas privadas ou públicas, sociedades de economia mista, ou empresas especializadas em prestação de serviços de prevenção e combate a incêndio. 
§ 1o  (VETADO) 
§ 2o  No atendimento a sinistros em que atuem, em conjunto, os Bombeiros Civis e o Corpo de Bombeiros Militar, a coordenação e a direção das ações caberão, com exclusividade e em qualquer hipótese, à corporação militar. 
Art. 3o  (VETADO) 
Art. 4o  As funções de Bombeiro Civil são assim classificadas: 
I - Bombeiro Civil, nível básico, combatente direto ou não do fogo; 
II - Bombeiro Civil Líder, o formado como técnico em prevenção e combate a incêndio, em nível de ensino médio, comandante de guarnição em seu horário de trabalho; 
III - Bombeiro Civil Mestre, o formado em engenharia com especialização em prevenção e combate a incêndio, responsável pelo Departamento de Prevenção e Combate a Incêndio. 
Art. 5o  A jornada do Bombeiro Civil é de 12 (doze) horas de trabalho por 36 (trinta e seis) horas de descanso, num total de 36 (trinta e seis) horas semanais. 
Art. 6o  É assegurado ao Bombeiro Civil: 
I - uniforme especial a expensas do empregador; 
II - seguro de vida em grupo, estipulado pelo empregador; 
III - adicional de periculosidade de 30% (trinta por cento) do salário mensal sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa; 
IV - o direito à reciclagem periódica. 
Art. 7o  (VETADO) 
Art. 8o  As empresas especializadas e os cursos de formação de Bombeiro Civil, bem como os cursos técnicos de segundo grau de prevenção e combate a incêndio que infringirem as disposições desta Lei, ficarão sujeitos às seguintes penalidades: 
I - advertência; 
III - proibição temporária de funcionamento; 
IV - cancelamento da autorização e registro para funcionar. 
Art. 9o  As empresas e demais entidades que se utilizem do serviço de Bombeiro Civil poderão firmar convênios com os Corpos de Bombeiros Militares dos Estados, dos Territórios e do Distrito Federal, para assistência técnica a seus profissionais. 
Art. 10.  (VETADO) 
Art. 11.  Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. 
Brasília,  12  de  janeiro  de 2009; 188o da Independência e 121o da República.
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA Tarso Genro
Carlos Lupi
João Bernardo de Azevedo Bringel
José Antonio Dias Toffoli
Este texto não substitui o publicado no DOU de 13.1.2009