INTRODUÇÃO:
UM POUCO DA HISTÓRIA DO SERVIÇO DE RESGATE
Nos anos 70, o mundo ingressou numa nova era
de atendimento emergencial, quando se concluiu que devíamos levar ao
local do acidente todos os recursos necessários ao atendimento de uma vítima,
para, somente após estabilizá-la, realizar sua remoção ao hospital. Também se
entendeu que esta remoção não mais estaria relacionada ao transporte em
hospital mais próximo, mas sim, aquele que propiciasse o socorro mais adequado,
em especialidades e exames complementares que o caso requeresse, evitando-se com
isso a perda de tempo com posteriores remoções.
Essa teoria foi mais tarde confirmada por
Trunkey (Médico Pesquisador Americano), que demonstrou a diminuição da
mortalidade com um atendimento rápido e adequado, no local do fato, por equipes
treinadas e pelo tratamento definitivo em hospitais apropriados dentro da
primeira hora após o acidente, surgindo então o conceito da “hora de ouro”
(golden hour).
No Brasil, o Tenente Lemes foi um dos primeiros a
transformar esta preocupação em ação e, impulsionado por oficiais
empreendedores como o Capitão Caldas, decidiu com outros jovens oficias, criar
um veículo tipo “ambulância” que acompanhasse a viatura do comando de área,
entretanto, sem recursos necessários ao atendimento e por se tratar de veículo
único, já deteriorado pelo uso acabou por não resistir por muito tempo. A
evolução deste transporte deu origem as UTE (Unidade de Transporte
Emergencial), certamente o carro que deu origem ao Serviço de Resgate.
Paralelamente, a necessidade também era sentida pelos profissionais da área da
saúde e no início dos anos 80 surgiu o CRAPS ( Coordenação de Recurso e
Assistências aos Pronto Socorros) com a participação de importantes nomes da
área médica que, através observação da experiência de outros países, via com
bons olhos a parceria com o Corpo de Bombeiros na área do atendimento pré
hospitalar.
Com a importância deste atendimentos rápido da
primeira hora no local do acidente, foi adotados de primeiros socorros para
civis visando a diminuição de traumas mais graves ou ate mesmo o óbito.
PRIMEIROS SOCORROS
Omissão de socorro!
No código penal Brasileiro, artigo 135, o crime por omissão de socorro prevê que o individuo que não socorrer e não pedir ajuda, poderá ser condenado à pena de um a seis meses de detenção ou ate um ano e meio se resultar na morte do individuo. Antes que aplique qualquer atendimento
Decreto Lei nº 2.848 de 07 de
Dezembro de 1940 do código penal.
Art. 135 - Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco
pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao
desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro
da autoridade pública:
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
Parágrafo único - A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão corporal de
natureza grave, e triplicada, se resulta a morte.
Condicionamento de atendimento médico-hospitalar emergencial (Incluído
pela Lei nº 12.653, de 2012).
Art. 135-A. Exigir cheque-caução, nota promissória ou qualquer garantia, bem
como o preenchimento prévio de formulários administrativos, como condição para
o atendimento médico-hospitalar emergencial: (Incluído pela Lei nº 12.653, de
2012).
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa. (Incluído pela
Lei nº 12.653, de 2012).
Parágrafo único. A pena é aumentada até o dobro se da negativa de atendimento resulta
lesão corporal de natureza grave, e até o triplo se resulta a morte. (Incluído
pela Lei nº 12.653, de 2012).
As
técnicas deste manual seguindo com calma poderão salvar vidas, basta o
socorrista seguir todos os procedimentos dentro dos limites dos conceitos de
primeiros socorros.
O que fazer em uma situação de emergência em primeiros
socorros, você já se imaginou em uma situação dessas... Pense nisso!
Hoje vivemos com um índice enorme em infarto, parada
cardíaca entre outras situações do dia á dia, e dentro dessas vitimas pessoas
jovem, ou seja, não tem como saber com qual pessoa vai acontecer um mal súbito e
por esse motivo devemos estar preparados para todos os tipos de emergência em
primeiros socorros.
Estarei passando informações conforme o( AHA) American
Heart Association e o Manual do Corpo dos Bombeiros de São Paulo...
Ataque Cardíaco.
Alguns
ataques cardíacos são súbita e intensa, onde ninguém adivinha o que está
acontecendo. Mas a maioria dos ataques
cardíacos começa devagar, com dor leve ou desconforto. Muitas vezes as pessoas afetadas não tem
certeza o que está de errado e esperar muito tempo antes de obter ajuda, pode
te prejudicar ainda mais. Aqui estão alguns dos
sinais que podem significar um ataque cardíaco,no exato momento que acontece:
·
Peito desconforto. Maiorias dos ataques
cardíacos envolvem desconforto no centro do peito que duram mais do que alguns
minutos ou que vai e volta. Ele pode se
sentir como uma pressão desconfortável, apertando, plenitude ou dor.
·
Desconforto em outras áreas do corpo
superior. Sintomas podem incluir dor ou desconforto em um ou ambos os braços,
as costas, pescoço, estômago ou da mandíbula.
·
Falta
de ar, com ou sem desconforto no peito.
·
Outros sinais podem incluir sair em um suor
frio, náuseas ou vertigens.
Maiorias dos sinais acontece com os homens, o mais comum sintoma de ataque de coração nas
mulheres são as dores no
peito ou desconforto. Mas as mulheres são um pouco mais propensas que os homens a
experimentar alguns dos outros sintomas comuns, especialmente falta de ar,
náuseas / vômitos e dores nas costas ou mandíbula.
Saiba os sinais, mas lembre-se:
Mesmo se você não tem certeza que é um ataque cardíaco. Os primeiros minutos são importantes! Ação
rápida pode salvar vidas - talvez a sua própria vida. Não espere mais de cinco minutos para ligar para o 193 do
Corpo de Bombeiros.
Bibliografia.
Retirado do Livro: Manual de Fundamentos de Bombeiros – Bombeiros – SP
Retirado do AHA: American Heart Association
Elaborado por: Márcio Alessandro Guimarães – Téc. de Segurança do
Trabalho e Bombeiro Civil.
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